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Ainda sinto o cheiro do fogo...

Por Rodrigo Dallano


Ontem, testemunhei o grito da Natureza. A mata onde costumo caminhar e deixar as câmeras traps estava em chamas. Fiz as fotos que eu, como fotógrafo, nunca gostaria de fazer: a mata, praticamente destruída pelo fogo. Acidental? Criminoso? Não sei. O que sei foi o que senti: um nó no peito, dor e revolta. Pensei nos animais, nas árvores e em como somos capazes de fazer o mal a outros seres vivos.


Caminhando por entre os troncos queimados — alguns ainda em chamas —, vi marcas no chão do que, até poucos dias atrás, foi uma árvore. Uma árvore que alimentou, deu abrigo, produziu oxigênio, nos deu vida. Ao andar pelas cinzas e restos mortais das árvores, não pude deixar de lembrar da obra de Frans Krajcberg (1921-2017), que transformou a dor em arte, em denúncia — um grito de alerta. Será que alguém ouviu?


Sim, a Terra está em estado terminal, e nós somos os responsáveis.


À noite, sonhei com fogo, gritos, animais pedindo socorro... Acordei cinza — ou em cinzas.

Pois é, Franz, a Natureza grita... só que ninguém ouve.


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Fotos Rodrigo Dallano. Todos os direitos reservados.


 
 
 

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