Entre o real e o sonho
- R. Dallano
- 1 de ago.
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Atualizado: 13 de ago.
Por Rodrigo Dallano
O erro, o clique “errado”, quando a foto perde a nitidez e vira um borrão. O tamanduá transforma-se em uma imagem abstrata, mas ao mesmo tempo continua sendo o tamanduá (ou não?). O objeto fotografado deixa de ser real e vira algo onírico; o observador, por um instante, fica na linha tênue entre o real e o sonho.
Para os xamãs Yanomamis, os sonhos são viagens espirituais, um elo entre os mundos. Talvez, nesse instante, o observador tenha a oportunidade de vislumbrar outros mundos, se deixar levar pelos sonhos, pelos Xapiris (seres espirituais que vivem nas montanhas e descem à noite para interagir com os xamãs, ajudando-os em suas funções de manter o equilíbrio do mundo, curar doenças e transmitir sabedoria ancestral).
O ato de observar — fotografar — transforma-se em algo além da compreensão do olhar. Talvez seja a oportunidade de observar o mundo com os olhos do espírito.






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